No dia 8 de junho, as turmas A e B reuniram-se para assistirmos ao filme Narradores de Javé. Como eu já havia feito uma grande propaganda a respeito do filme não foi difícil motivar os professores a comparecerem para juntos desfrutarmos de toda riqueza cultural presente nesta belíssima obra do cinema nacional.
Deliciando-nos com pipoca, coca-cola e todo o encantamento proporcionado por essa narrativa, que trata de maneira leve, inteligente e divertida de um acontecimento que marcou a história de uma cidade e de seus humildes habitantes, divertimo-nos ao mesmo tempo em tivemos a oportunidade de refletir sobre a importância da escrita na vida das pessoas. Muitas foram as observações feitas pelas professoras, entre as quais citamos a força das tradições orais, da memória como elemento recorrente e dinâmico na constituição da história daquela sociedade, em que até mesmo as demarcações de propriedades eram feitas de forma oral. Foram ressaltados, ainda, pontos de igual importânciacomo a estreita relação entre oralidade e escrita, sendo que a primeira era, sem dúvida, a mais importante para aquela comunidade de pessoas iletradas, mas cuja riqueza de conhecimentos era obtida, sobretudo, por suas vivências e suas memórias. Entretanto, é fato que no momento em que surge o grande problema que a cidade teria de enfrentar, é exatamente a escrita que fará toda a diferença na vida daquele povo. Outro ponto que também chamou bastante a atenção de todos foi a enorme riqueza de variações lingüísticas e dialetais presentes na fala dos moradores de Javé. Os neologismos e as engraçadíssimas expressões criadas por Antônio Biá são, sem dúvida, diferenciais que contribuem para tornar o filme ainda mais envolvente. Enfim, o encontro foi mais uma das nossas experiências exitosas no Gestar II, porque houve muita participação de todos, os professores gostaram muito do filme e as reflexões que fizemos pós filme foram muito produtivas e enriquecedoras.
Uma educadora muito comprometida com o que faz; que procura dedicar-se ao máximo a tudo aquilo que se propõe realizar e que, acima de tudo, acredita na possibilidade de promover a mudança através da educação.
Meu nome é Maria José da Silva, tenho 38 anos. Sou formada em Letras-Português/Inglês, mas sempre gostei mesmo é de Língua Portuguesa. Sobre minha formação, posso afirmar que a visão educacional que tenho hoje é fruto da experiência adquirida nos meus 19 anos de magistério, nos quais já desempenhei diversas funções, entre as quais cito as seguintes: regência de classe dos anos iniciais, do anos finais, do Ensino Médio e do Curso Normal; direção escolar; orientação pedagógica escolar; coordenação de ensino municipal; tutoria de programas de formação continuada, entre outras. Sou professora da rede estadual e municipal, porém, no município tenho apenas 9 anos de experiência. Ainda assim, foi neste que desempenhei as funções que mais auxiliaram em meu aprimoramento profissional, afinal, neste curto período já atuei como coordenadora do 1º segmento do ensino fundamental (de 2001 a 2004 e de 2006a 2008) e este ano passei e atuar como coordenadora dos anos finais e do ensino médio. Foi no exercício destas funções que tive meus primeiros contatos com a formação continuada de professores, onde minha primeira experiência foi como coordenadora de alfabetização no Programa PCN em Ação, do Ministério da Educação (em 2002), trabalhando na formação de professores com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais. A experiência seguinte foi a tutoria do programa de formação continuada para professores dos anos iniciais do ensino fundamental – Pró-Letramento, cuja autoria é também do MEC, em parceria com as Universidades de Pernambuco – UFPE, a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e as Secretarias de Educação,desenvolvido de 2006 a 2008. Atualmente estou tendo a gratificante experiência de atuar como formadora do Gestar II, cuja sistematização assemelha-se ao Pró-Letramento, porém o Programa, que também é oferecido pelo MEC, tem desta vez a coordenação da Universidade de Brasília – UnB, em parceria com as Secretarias de Educação. É claro que a experiência adquirida em sala de aula foi também de suma importância para meu desenvolvimento como educadora, porém, o fato é que minhas experiências como “pedagoga sem diploma” são constituintes fundamentais para a formação da profissional em que hoje me tornei.
2 comentários:
Ficaram muito boas as postagens... parabéns querida!!! bjus...
PARABÉNS PELO SEU EMPENHO EM REALIZAR ESTE EXCELENTE TRABALHO NO GESTAR II! QUE SUCESSO!
BEIJOS!
VIVIANE
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