16 de dezembro de 2009

Oficina 1 - TP1

Nos dias 23 e 26 de novembro as turmas A e B reuniram-se para estudar as unidades 1 e 2 do TP1.
Como este TP traz como temática principal “Linguagem e Cultura”, as cursistas Maria de Fátima e Cláudia Oliveira trouxeram dois textos muito pertinentes, cujos títulos são “Nóis mudemo” e “Confissão do cabôco”. Ambos os textos retratam a questão das variações linguísticas, o dialeto regional tipicamente representado pelo indivíduo da zona rural e, ainda, no primeiro, os problemas decorrentes do preconceito linguístico.
Após a leitura dos textos pelas cursistas, foi aberto um turno de fala para que os professores expusessem suas experiências a partir de situações em que a fala do aluno exerceu influência negativa sobre seu desempenho ou que, assim como no texto, motivou atitudes preconceituosas.
Concluídos os comentários, passamos aos relatos das atividades realizadas e, em seguida, ao estudo dos temas “Variantes linguísticas: dialetos e registros” (unidade 1) e “Variantes linguísticas: desfazendo equívocos” (unidade 2).
Feitas as considerações a partir da leitura dos principais destaques sugeridos pelos cursistas e também dos esclarecimentos dados aos pontos que suscitaram dúvidas, passamos à realização, em dois grupos, das atividades propostas na parte III da oficina (pp. 169 a 171).
A conclusão a que chegamos foi que muitos são os elementos envolvidos na construção da fala de qualquer indivíduo e que, dependendo da exposição aos diferentes fatores externos, esta pode apresentar traços evidentes de cada um desses elementos. Por esta razão, quanto maior for o contato dos alunos com textos diversos, que contemplem as variedades linguísticas utilizadas nas mais diferentes esferas sociais, mais condições estaremos dando a eles para desenvolverem suas competências linguísticas e, assim, saberem se expressar com propriedade nas diferentes interações cotidianas pelas quais todos os falantes passam.
Após realizarmos a socialização das respostas dadas, solicitei a leitura das duas últimas unidades do TP, combinamos alguns detalhes do nosso seminário de avaliação e encerramos o nosso encontro.

4 de dezembro de 2009

Oficina 4 - TP2

Nos dias 16 e 19 de novembro as turmas A e B se reuniram para realizarmos a segunda oficina do TP2.

Iniciamos o nosso encontro retomando os pontos principais sobre as definições de gramática interna, gramática reflexiva e gramática normativa, contidos na primeira unidade deste TP e estabelecendo uma ponte com o conteúdo exposto na unidade seguinte, cujo tema é frase, oração e período. Vimos que estes temas, que, a princípio, parecem remeter a uma ideia de ensino tradicional de regras e de conceitos prontos, podem perfeitamente receber uma abordagem contextualizada, explorando-se o texto não como pretexto, mas como fio condutor e como a unidade mais importante da aula.

Em seguida, e antes de darmos continuidade ao estudo das duas unidades, foi aberto o espaço para os professores apresentassem seus relatos sobre a atividade realizada com a turma (e mais uma vez, poucos foram os que conseguiram cumprir a tarefa pelos mesmos motivos apresentados anteriormente). A cursista Fernanda contou-nos que realizou com sua turma do Ensino Médio o avançando da página 51 e que o resultado obtido foi muito bom, porque os alunos gostaram da atividade e porque eles perceberam o quanto a entonação dada no momento da leitura pode influir na interpretação das intenções do autor.

Concluídos os relatos passamos ao estudo das unidades 7 e 8, iniciando o nosso estudo pela leitura do ampliando nossas referências, fazendo uma reflexão sobre a influência a importância da arte nas nossas aulas de português. Fizemos em conjunto algumas das atividades propostas e também algumas leituras dos pontos relevantes. Falamos bastante sobre linguagem figurada e, nesse ponto, discutimos as diferentes abordagens que podemos dar ao ensino das figuras de linguagem, sem nos apegarmos à memorização de conceitos ou de nomenclaturas muitas vezes de difícil compreensão para os alunos e sem aplicabilidade concreta em sua fala usual.

Sobre a atividade sugerida na oficina a partir da charge de Quino, esta foi realizada coletivamente devido ao número de cursistas presentes.

Para finalizar, avaliamos a nossa oficina, combinamos as tarefas de casa a serem entregues na próxima semana quando estaremos realizando o estudo da primeira parte do TP1.

Oficina 3 - TP2

Como o dia 2 de novembro foi um feriado nacional, este encontro foi realizado no dia 5 de novembro para as duas turmas. E, para iniciarmos nossa conversa, começamos pela leitura cantada da música “Gramática”.

Em seguida, abrimos o turno de fala para a exposição dos relatos de experiência docente com os “avançando” contidos nas duas primeiras unidades do TP2. Aqui é importante ressaltar que a aproximação do término do ano letivo, associada à parcial incompatibilidade da proposta curricular municipal com aquela defendida pelo Gestar II impossibilitou muitas vezes aos professores a realização das atividades sugeridas pelo curso devido à necessidade de darem conta dos conteúdos oficiais que lhes serão cobrados. Por essa razão, poucos foram aqueles que apresentaram os seus relatos.

E, conforme havíamos combinado anteriormente, iniciamos nosso momento de discussões acerca do conteúdo das duas primeiras unidades do TP, solicitando a cada cursista que expusesse seus registros sobre as partes mais importantes do estudo realizado em cada sessão e também aqueles que, por ventura, tenham ficado obscuros. E o resultado que obtivemos foi tão bom que deu margem a muitas discussões, exemplificações, relatos e comentários diversos, cujo foco principal foi o ensino da gramática normativa e a necessidade de fazer os professores compreenderem que o ensino de língua portuguesa pautado nos gêneros textuais não implica o total abandono do ensino de gramática. O que hoje se defende é um ensino de português que privilegie uma gramática produtiva e reflexiva, contextualizada e que tenha no estudo do texto o seu principal direcionamento.

Tão intensas foram as discussões, sobretudo porque, na maioria das vezes, os professores sabem que precisam mudar suas abordagens, mas ainda lhes falta o domínio das novas estratégias para realmente por em prática tudo aquilo que consideram ser necessário mudar. E nessa discussão sobre o que fazer e como fazer para mudar falamos tanto que a atividade prática proposta para esta oficina não foi realizada devido ao pouco tempo restante para o término do encontro.

Por essa razão, solicitei as tarefas de casa, realizamos uma leitura panorâmica dos avançando na prática propostos nas unidades seguintes, selecionando aquelas que poderiam ser mais apropriadas para o momento letivo e, após avaliarmos verbalmente o nosso encontro, encerramos nossa oficina.

Estudo introdutório TP2

Nos dias 26 e 29 de outubro realizamos, como de costume, o nosso encontro introdutório para estudo das unidades do TP2. Antes de propriamente iniciarmos os nossos estudos, alguns esclarecimentos foram feitos aos cursistas sobre a realização do projeto final, solicitando aos professores que procurem elaborar o projeto preocupando-se mais com a atividade realizada do que com a forma com a qual as informações serão apresentadas.

Em seguida, demos início ao encontro com a exibição do vídeo de Zé da Luz, intitulado “Ai se sesse” para introduzirmos a nossa conversa sobre o ensino da gramática normativa versus a gramática reflexiva e produtiva. Apresentei, ainda, a gravação do júri simulado realizado no encontro de formação em Arraial do Cabo, onde o ensino de gramática foi posto em julgamento.

Feitas as considerações a respeito dos assuntos tratados nos vídeos, em paralelo aos tópicos das unidades que compõem o TP, passamos à leitura dos textos de referência, cujas estratégias adotadas foram as seguintes: o primeiro foi lido em conjunto e comentado por todos aqueles que tivessem algo a dizer sobre ele; o segundo foi lido em dois grupos e, a partir do conteúdo nele apresentado, deveria ser produzida uma síntese com as principais ideias nele contidas.

Após fazermos a apresentação das sínteses, dividimos as sessões das duas primeiras unidades do TP2, ficando cada cursista responsável por, no nosso próximo encontro, apresentar os registros feitos sobre a leitura da sessão que ficou sob sua responsabilidade.

Para terminar, fizemos uma leitura panorâmica das atividades “avançando na prática” para que os professores já fossem observando aquelas que melhor se adéquam às necessidades de suas turmas.


Oficina 12 - TP6

Este encontro, ocorrido nos dias 19 e 22 de outubro, teve como foco principal o estudo da unidade 23 do TP6, cujo tema é “O processo de produção textual: revisão e edição”. A razão para que, diferentemente dos demais encontros, fizéssemos o estudo de apenas uma das unidades é porque a unidade 24 foi elaborada para ser aquela que encerraria o Gestar II e, sendo assim, julgamos conveniente deixá-la para concluir o curso, após o estudo de todos os TPs.

Antes de iniciarmos efetivamente o nosso estudo, apresentei aos cursistas uma mensagem em homenagem ao dia do professor e falamos um pouco também sobre a Semana de Valorização do Profissional de Educação, realizada pela Secretaria Municipal de Educação nos dias 13, 14, 15 e 16 de outubro com a apresentação de diversos palestrantes como o Dr. Jairo Bauer, a contadora de histórias e cantora Bia Bedran, a psicanalista Dra. Ana Beatriz Silva, o contador de histórias Roberto Carlos Ramos entre outros.

Concluída esta etapa inicial, começamos as nossas discussões sobre o tema da unidade focando as nossas atenções nas sugestões que são apresentadas sobre como realizar as etapas de revisão e de edição dos textos produzidos pelos alunos. Nestas, a utilização de fichas para revisar e editar, e ainda as práticas que podem levar à ineficácia do processo de revisão foram os pontos que mais interessaram aos professores e que mais geraram comentários.

Durante as discussões, relatos foram apresentados sobre como os professores tem agido nesse sentido em suas turmas e sobre os ajustes que consideram importantes fazerem para melhorar suas práticas.

Convém ressaltar que nesse momento de discussão, o que mais me chamou a atenção foram as ideias apresentadas pelos cursistas para melhor conduzir esses processos de revisão e edição do texto. E o mais interessante foi que eles não estavam apenas teorizando sobre como melhorar a prática, eles estavam de fato criando condições reais, a partir da teoria estudada, para pôr em prática em suas aulas de produção de texto. Isso é fantástico porque eles realmente compreenderam a importância de mudar suas estratégias em benefício de um ensino mais produtivo e verdadeiramente eficaz.

Para concluir, realizei a exibição dos slides contendo um ‘resumão’ daquilo que havíamos estudado nas três unidades deste TP, cujo título é “O que é preciso saber para bem escrever”, o qual foi repassado aos formadores no encontro de Arraial do Cabo.O encontro foi encerrado com a solicitação da leitura com registros do TP2 para o nosso encontro na próxima semana.

Oficina 11 - TP6

Nos dias 5 e 8 de outubro realizamos a oficina relativa às unidades 21 e 22 do TP6. Entretanto, além desse estudo houve um primeiro momento todo dedicado à apresentação para os cursistas dos pontos altos da II etapa de formação do Gestar II, ocorrida em Arraial do Cabo, na semana anterior. Para tanto, fiz uma exibição de slides com flashes do encontro, apresentei a eles um pouquinho do rico material organizado pela formadora Guiana Brito (e entregue aos formadores municipais), e apresentei também sob a forma de slides o relatório da avaliação processual da 1ª etapa do programa.

Iniciamos o segundo momento do encontro com a exposição dialogada dos principais assuntos contidos nas duas primeiras unidades do TP, momento este que constitui uma rica oportunidade de troca de saberes, de acréscimo de informações acerca dos temas em questão, exemplificações e associações da teoria com a prática de sala de aula. É também um excelente espaço para esclarecermos nossas dúvidas e reavaliarmos as nossas posturas frente aos novos desafios que são hoje impostos aos professores de língua materna.

Em seguida, alguns cursistas socializaram suas experiências com o “avançando”, mas devo ressaltar que a maioria alegou não ter tido tempo hábil para realizá-lo porque acabaram de sair de uma semana de provas bimestrais e tudo o mais que envolve o fechamento de um bimestre letivo.

Falamos também sobre nosso calendário de encontros para o segundo semestre e, em seguida, retomamos a discussão acerca da produção textual da forma que geralmente é trabalhada pelos professores e a produção textual que realmente se espera que os professores de hoje desenvolvam com suas turmas. Esse foi um tema gerador de muitas discussões e, por essa razão, a atividade prática proposta na oficina 11 ficou como tarefa de casa a ser entregue no nosso próximo encontro.

E aí está um dos textos produzidos para concluir a crônica de Moacyr Scliar. Este trabalho foi feito pela cursista Sandra Valoura, da turma B:

“Levantou, se vestiu e dirigiu-se lentamente para a porta, se virou e deu uma longa olhada para a mulher, como a perguntar “é mesmo necessário ir até lá?”

E ela nada disse. Ficou inerte a espera que ele tomasse alguma providência.

Então, o marido saiu fechando a porta atrás de si. A mulher ainda o viu atravessando a rua e...

Quando ele voltou, dois dias depois, ainda com vestígios da farra, entrou, tomou banho diante do olhar incrédulo da esposa, deitou-se e dormiu novamente.”

22 de outubro de 2009

"Amigas para sempre!"

21 de outubro de 2009

Avaliação processual do Gestar II - 1º semestre

I. Número de cursistas

- Iniciamos o Programa no Município de Mangaratiba com um total de 20 cursistas distribuídos em duas turmas. A turma A, cursistas de segunda-feira, iniciou com 12 (doze) cursistas e a turma B, cursistas de quinta-feira, iniciou com 8 (oito) cursistas.

- Atualmente, temos frequentando um total de 17 cursistas, havendo, portanto, três desistências, todos da turma A.

II. Sobre a recepção do Gestar II no município:

- A implantação do Gestar II no município inicialmente se deu de forma muito positiva, ao menos no que diz respeito à intenção de gestores e regentes em participar do programa.

- Ao realizarmos um levantamento para verificarmos o número de possíveis cursistas para o Programa, as escolas nos enviaram um quantitativo de professores que em muito superava as nossas expectativas, já que inicialmente havíamos estabelecido um total de vinte e cinco cursistas por turma, tanto para Português como para Matemática.

- Nesse levantamento era perguntado também aos professores qual seria o melhor dia e horário para que o curso fosse oferecido. E foi exatamente aí que surgiram os nossos primeiros problemas. Viabilizarmos dias e horários que atendessem à maioria dos professores foi algo muito complicado, o que nos forçou inclusive a criar duas turmas, com número reduzido de cursistas para que pudéssemos atender às suas necessidades.

- O quadro que tínhamos era o de professores interessados em participar do curso, porém sem disponibilidade para frequentá-lo nos dias e horários escolhidos pela maioria. Para que pudéssemos atender a todos, teríamos de disponibilizar pequenos grupos em diferentes dias e horários, o que seria inviável por questões lógicas: para isso a formadora teria de ter dedicação exclusiva ao programa e, infelizmente, essa não é a minha realidade.

- Nesse sentido, posso afirmar que, mesmo com essa dificuldade inicial de adequação dos professores aos horários estabelecidos, o curso teve uma ótima aceitação de todos, pois mesmo aqueles não conseguiram participar consideram ser este um excelente programa e que muito tem a contribuir com os professores em sua prática educativa.

III. Dificuldades pedagógicas enfrentadas:

- Adequação dos professores ao modelo de trabalho proposto na teoria estudada, uma vez estarem ainda muito presos a um modelo de ensino mais voltado ao ensino da gramática prescritiva;

- Necessidade de reformulação da proposta curricular da SME para adequá-la aos moldes sugeridos pelo programa, a fim de conciliá-la à proposta do Gestar II;

- Pouca dedicação de alguns cursistas em relação à realização das atividades propostas pelo curso, tais como: leitura dos TPs, realização das atividades com os alunos, registro dos relatos de experiência para entregar à formadora;

- Cronograma – devido ao início do curso ter-se dado apenas no mês de maio e, ainda, os feriados e a suspensão das aulas (em função da Influenza A), as datas para cumprimento da carga horária do programa ficaram muito comprometidas, o que não permite a realização dos encontros quinzenais, conforme fora previsto.

IV. A construção do projeto:

- Com relação à elaboração do projeto pelos cursistas, este já foi trabalhado a título de esclarecimentos sobre sua sistematização – o que é, qual é o objetivo, quando deverá ser entregue, quais as suas especificidades, como deverá ser elaborado.

- Na ocasião, os professores tiveram um encontro dedicado a tais informações, feito a partir da apresentação de slides e também de uma apostila contendo o passo a passo para a organização do projeto.

- Alguns professores já possuíam em suas escolas projetos planejados que se encaixavam perfeitamente aos moldes do que estabelece o Gestar quanto ao planejamento e à execução do projeto final. Para estes couberam apenas algumas pequenas adequações, tais como a inclusão do referencial teórico de algum dos TPs para fundamentar a realização do projeto. Outros já saíram do encontro com ideias sobre o que fariam em suas escolas e, alguns, ainda hoje demonstram dúvidas quanto ao que realmente irão fazer.

- Entretanto, todos estão cientes da necessidade da criação e da execução do projeto com os alunos e sabem que ele é uma etapa de imprescindível realização para a conclusão do Gestar II.

V. Avaliação e autoavaliação:

- De um modo geral é muito grande a minha satisfação com relação aos resultados que venho observando na prática docente dos cursistas que estão empenhados em realizar com seriedade a proposta do Gestar II. Isso porque a mudança percebida tem produzido efeitos muito significativos tanto na maneira de trabalhar a língua portuguesa em sala de aula, como na compreensão que estes professores passaram a ter de que o ensino de português não é uma mera reprodução do ensino das regras gramaticais, não é o ensino de um sistema. Passaram a entender que ensinar português é, antes de tudo, compreender a língua como discurso e, nessa perspectiva, trabalhar para que os gêneros discursivos sejam os protagonistas deste processo.

- Se considerarmos o reduzido número de participantes no programa, veremos que o número de professores com esta nova postura frente ao ensino de língua materna é ainda pequeno em relação ao número de regentes de português de nossa Rede de Ensino. Porém, se considerarmos que cada um desses poucos professores reproduzirá em suas turmas essa nova visão de ensino, perceberemos que muitos serão os estudantes que passarão a ver a aprendizagem de português como algo mais produtivo, mais prazeroso e muito mais significativo para a sua formação como pessoa que consegue ler e interagir com o mundo em suas mais diversas representações.

- A avaliação é positiva também porque para a maioria dos cursistas os nossos encontros passaram a ser momentos enriquecedores de troca de experiências e de saberes, momentos de falar de coisas sérias, mas de uma forma muito descontraída e natural onde não há “estrelas”, ou melhor, todos são “estrelas” que possuem seu brilho próprio e que não se importam por gratuitamente iluminar os outros, fazendo-os brilhar cada vez mais.

- Os bons resultados estão sendo constatados nas atividades que os professores passaram a realizar em suas aulas, nas provas e testes elaborados seguindo os descritores da Prova Brasil (e isso em todos os anos de escolaridade, e não apenas para o 9º ano), no novo discurso proferido (e praticado) pelos professores com relação às prioridades do ensino de português, na satisfação expressa pelos diretores e coordenadores pedagógicos em razão das mudanças nas práticas de ensino desses professores.

- Quanto a mim, só tenho a dizer que a aprendizagem adquirida no estudo dos TPs e, principalmente, na interação com o grupo tem sido muito significativa, na medida em que me sinto abandonando completamente a visão tradicionalista de ensino de língua que estava arraigada em mim, devido aos modelos com os quais constitui minha formação.

- E esse crescimento mútuo emitirá seus reflexos em toda a educação municipal, uma vez que já temos como meta ao final do curso a formação de grupos de trabalho com os professores cursistas todpara reformulação da proposta curricular de ensino da Secretaria de Educação na área de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental objetivando adequá-la à proposta do Gestar. Tal ação facilitará a que todos os professores ponham em prática essa visão atual de ensino de língua, a qual já não é nem tão atual assim, afinal desde a instituição dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) o ensino de português deveria ter sido repensado e, desde aquela época deveria seguir a linha discursiva em detrimento de um ensino tradicional.

19 de outubro de 2009

Que talento!!!

Conforme havia sido prometido, aí está o texto que a professora Cláudia Oliveira Gonçalves criou para avaliar a primeira etapa do Gestar II de Língua Portuguesa em Mangaratiba.


Trata-se de uma brilhante produção em forma de poesia, com traços de literatura de cordel, que traduz os melhores momentos dos nossos encontros no 1º semestre de nosso curso e serve para divulgar a criatividade e a sensibilidade artística desta que é, sem dúvida, uma das cursistas mais dedicadas do nosso grupo.



Em gestação

Desde já peço perdão
Pelo meu atrevimento
De falar da gestação
Que começou há um tempo

É um caso coletivo
De amor/cumplicidade
Que em tempo de recesso
Vai deixando uma saudade

Mas descansar é preciso
Que de ferro ninguém é
Obedece quem tem juízo
Manda a Maria José

E na prática avançando
Pra saber como se ensina
Enquanto é tempo, vai gestando,
Vai fazendo a oficina...

A Maria que é José
É gentil e muito amiga
Vai pra Arraial do Cabo
Pra voltar bem mais sabida

E depois vai ensinar
Aos que são perseverantes
Que conhecimento e prática
Valem mais que diamante

Ela até já nos mostrou
Os olhos verdes do dragão
E toda gente viajou
Pra cidade do Drummond

Um lugarzinho qualquer
Bem no meio lá do nada
Onde homem e mulher
Levam vida abestada

E na prática avançando
Pra saber como se ensina,
Enquanto é tempo, vai gestando,
Vai fazendo a oficina...

E o povo de Javé?
Também tem seus narradores
Pra contar como é que é
A história dos antecessores

Mas voltando à gestação
Nesse tempo de fadiga
Quanto tempo leva então
Esse filho na barriga?

O tempo eu não sei
E nem posso eu dizer
Eu só sei que já tem nome
Muito antes de nascer

Como não se sabe quando
Esse filho vai surgir
Acho que ele vai brotando
Não tem hora pra parir

E na prática avançando
Pra saber como se ensina
Enquanto é tempo, vai gestando,
Vai fazendo a oficina...

Pois o filho tão amado
Que estamos a GESTAR
São os nossos ideais
Só precisa confiar

Pra saber como se ensina
Enquanto é tempo, vai gestando
Vai fazendo a oficina
E na prática avançando...

Cláudia Oliveira Gonçalves, em 13 de julho de 2009.

9 de outubro de 2009

Estudo Introdutório do TP6

O estudo introdutório do TP6 aconteceu nos dias 21 e 24 de setembro.
Coincidentemente nas duas ocasiões estava chovendo muito e, por essa razão, a frequência ao curso foi baixíssima.
Desta forma, tivemos de fazer um encontro mais teórico e mais sob a forma de uma pequena roda de conversa.
Mesmo assim não deixamos de realizar uma leitura prazerosa para abrir o nosso encontro, para o que foi lido um fragmento do livro “Cartas entre amigos”, de Gabriel Chalita e Padre Fábio de Melo. Um texto emocionante e que prende a atenção pela riqueza vocabular, pela mensagem maravilhosa que nos transmite e pela poesia contida em cada frase.
Em seguida, realizamos algumas leituras do “iniciando nossa conversa”, lemos também os objetivos de cada uma das unidades, e realizamos coletivamente algumas atividades da unidade que inicia o TP6.
E, como o clima estava bastante pessoal, os professores estiveram ainda mais à vontade para expor seus pontos de vista e apresentar suas opiniões a respeito dos temas abordados, bem como, citaram exemplos de experiências vividas em sala de aula envolvendo a produção textual e, mais especificamente, a argumentação.
A ultima atividade foi a leitura do texto do “ampliando nossas referências”, cujo título é “Argumentação” e está contido nas páginas 59 a 61. Esta leitura foi feita com pausas para comentários e exemplos, e ao final foi solicitada aos professores a realização de uma das atividades do “avançando na prática” das unidades 21 e 22 para ser socializadas no nosso próximo encontro.

25 de setembro de 2009

Melhores momentos dos estudos do TP5































Oficina 10 do TP5 – Unidades 19 e 20

Este encontro foi realizado nos dias 31 de agosto e 10 de setembro, respectivamente para as turmas A e B.

É importante explicar o motivo pelo qual houve desta vez um espaçamento maior entre as duas turmas. É que na primeira semana de setembro Mangaratiba comemora a semana da Pátria com a realização de desfiles cívicos em todos os distritos. E nesses desfiles, professores, alunos e toda equipe escolar e da Secretaria de Educação estão presentes.

Por essa razão, o encontro da turma B, que deveria ser realizado no dia 3 de setembro, passou para o dia 10.Como de costume nosso encontro teve início pela leitura de um texto na turma A do conto “A menina da varanda”, de Léo Cunha, trazido e lido pela professora Cláudia Oliveira, e na turma B, o texto foi o conto “Sozinha”, retirado de uma edição especial da revista Nova Escola, trazido e lido pela professora Sandra Valoura.

Em seguida, foram apresentados pelos professores os trechos das unidades cujo conteúdo trazia alguma informação que merecesse maiores comentários e também aquelas que suscitaram dúvidas durante a leitura individual.

Aproveitamos muito este momento para trocarmos informações acerca do que estudamos e, o mais interessante é que, devido ao tamanho reduzido do grupo, todos ficam bastante à vontade para manifestar suas dúvidas e expor seus pontos de vista.

Concluída esta etapa passamos à apresentação dos relatos de experiência docentes com a leitura dos registros feitos a partir da atividade desenvolvida em sala de aula. É importante ressaltar que neste momento ninguém fica preso ao escrito e apresenta para o grupo, de maneira muito entusiasmada, os bons resultados obtidos com a realização das atividades.

Cada vez mais tenho observado que os professores estão acreditando na proposta do Gestar e demonstrando isso não apenas em seu discurso, mas, principalmente, pelo modo como vem utilizando as atividades e se esforçando para fazer suas aulas o mais próximas possível de um ensino de língua que prioriza o ensino da leitura e da escrita na perspectiva dos gêneros discursivos.

E até mesmo aqueles que antes pareciam não acreditar muito no programa, hoje já falam com satisfação dos resultados que vem obtendo em suas turmas a partir das atividades do Gestar II.

A partir desse ponto, passamos à parte da oficina em que os professores em pequenos grupos realizam a atividade proposta. Assim, cada grupo cumpriu a tarefa e, em seguida, fez a socialização para o grupão.

Terminamos este encontro após fazermos a avaliação oral da oficina e de os cursistas receberam suas tarefas de casa, as quais consistiam em ler o TP6, principalmente atentando para os dois textos de referência e fazendo os registros para serem discutidos no próximo encontro.

Continuação da oficina 9 do TP5 e atividades extras (sobre a avaliação diagnóstica)

Este encontro aconteceu nos dias 17 e 20 de agosto e teve algumas alterações em sua pauta de rotina. Neste dia deveríamos fazer a apresentação do relato de experiência docente referente às unidades 17 e 18 que não haviam sido feitos na oficina anterior. Em seguida, seguiríamos toda a dinâmica proposta para a segunda oficina do TP5 (unidades 19 e 20).

Porém, alguns contratempos aconteceram e exigiram um redirecionamento das nossas ações.Isso porque, na semana de 10 a 14 de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde decretou que todas as nossas escolas deveriam suspender suas aulas em virtude do surto de Influenza A que estava acontecendo em nossa região, e que, uma vez o estado tendo suspendido suas aulas, caberia ao município também acatar a decisão, pelo bem estar de nossos alunos e professores.

Assim, mais uma vez os nossos cursistas não tiveram a oportunidade de realizar com seus alunos as atividades propostas, já que, mesmo tendo tido aula na primeira semana de agosto, como já mencionei, a frequência estava baixíssima.

Por essa razão este encontro foi destinado a um estudo mais detalhado dos textos da unidade 18 sobre coerência textual e, ainda, uma leitura mais atenta do texto da autora Ingedore G.V. Koch, contido no ‘ampliando nossas referências’ das páginas 166 e 167, cujo tema refere-se à coerência e coesão textuais.

A outra parte do encontro foi destinada à análise da avaliação diagnóstica de entrada, proposta pelo Gestar II, para que os professores verificassem se haveria a possibilidade de aplicá-la em suas turmas. As provas foram entregues aos professores e as questões foram analisadas por eles.

Foi repassado que a Secretaria de Educação tem grande interesse em reproduzi-la para que os professores a apliquem, pois assim poderemos fazer uma avaliação dos reflexos produzidos pelo Gestar II nas nossas salas de aula. Poderemos também confirmar a necessidade de fazer uma releitura da nossa proposta curricular de língua portuguesa para os anos finais, a fim de melhor adequá-la à proposta do programa, assim como primar por uma abordagem de ensino de língua como discurso e não meramente como um sistema de regras.

Os professores gostaram muito das questões das provas e, assim que foi esclarecido a eles que não se trata de uma avaliação para o professor e que ele deve utilizar a prova como diagnóstico e não como um quantificador da aprendizagem, todos concordaram em aplicá-las para seus alunos.

24 de setembro de 2009

12º encontro – TP 5 Oficina 9 – Unidades 17 e 18

Este TP assim como os anteriores também teve seu estudo dividido em três encontros de 4 horas de duração cada um.
O primeiro encontro, que foi o introdutório, realizou-se ainda no mês de julho, antes do recesso.
Este, portanto, é o segundo encontro referente ao TP5 e refere-se à primeira oficina, ou seja, a apresentação da prática dos estudos teóricos realizados.
Nesta ocasião, mais precisamente dias 3 e 6 de agosto, respectivamente para as turmas A e B, fizemos o primeiro encontro pós recesso e muitas foram as novidades trazidas tanto referentes às dúvidas surgidas nos estudos individuais como também as “trocas de figurinhas” referentes ao período de recesso.
Assim, conforme de costume, depois do bate papo inicial fizemos a leitura deleite de um texto trazido e lido por uma cursista e, em seguida, fizemos uma análise global do conteúdo abordado nas duas primeiras unidades do TP, utilizando como referência o texto “O vocabulário português”. Nesse momento os professores puderam expor suas opiniões a respeito do tema e também apresentar para o grupo o resultado de suas leituras, lendo as partes que mais chamaram sua atenção. Na ocasião aproveitamos também para realizar coletivamente algumas atividades mais interessantes contidas nas duas unidades.
Concluída a tarefa, passaríamos então à apresentação dos relatos de experiência a partir das sessões coletivas “avançando na prática”, porém, como a maioria dos professores estava retornando das férias, ainda não havia como ter realizado as atividades com os alunos, até mesmo porque, com o surto de influenza A, a frequência dos alunos nas escolas estava baixíssima.
Por essa razão, não foi feita esta parte da oficina, a qual seria realizada no próximo encontro. Deste ponto, passamos então à parte III (páginas 254 e 255) da oficina a qual foi feita no grande grupo de maneira coletiva.
Após a sua conclusão, foi entregue aos professores a ficha de avaliação e autoavaliação para verificarmos as nossas conquistas no primeiro semestre de execução do programa e aparar algumas arestas que, por ventura, necessitavam ser aparadas. Esta ficha foi preenchida com dados a respeito do programa, das aprendizagens adquiridas, das dificuldades encontradas, da dinâmica dos encontros, das atividades propostas, da formadora, do material do curso, e também do compromisso de cada um em relação ao Gestar II, assim como da aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos para as suas turmas.
Assim que terminaram o preenchimento da ficha, realizamos a avaliação oral do encontro e, após a solicitação da leitura das unidades 19 e 20 do TP 5 aos cursistas e também a realização das sessões coletivas com os alunos, concluímos este nosso encontro.

5 de agosto de 2009

11º Encontro - Exibição do filme "Escritores da Liberdade"

No dia 13 de julho as duas turmas reuniram-se para juntos assistirmos ao filme “Escritores da liberdade”, realizar uma avaliação dos nossos trabalhos e fazer uma pequena confraternização já que entraríamos em recesso e só nos veríamos em agosto.
Todos gostaram muito do filme que nos mostra uma história muito comovente de como uma professora conseguiu transformar toda uma turma de alunos marginalizados e discriminados socialmente em pessoas respeitadas e dignas, que adquiriram autoestima e passaram a acreditar na possibilidade de mudar suas vidas através da educação.
O filme nos apresenta o quanto importante pode ser a função de um professor na vida de seus alunos e o quanto pode ser gratificante acreditar que ele é muitas vezes o único a poder promover mudanças na perspectiva de vida de muitas crianças, adolescentes, jovens ou adultos.
Ao terminarmos de assistir ao filme fizemos alguns comentários e neles ficou evidente que nem sempre temos a coragem para romper velhos paradigmas que quase sempre nos impedem de ousar em nossas aulas e de acreditar na força que tem a educação na vida das pessoas. Por isso, é sempre muito bom termos acesso a histórias como a desse filme para que ganhemos ânimo para não esmorecermos diante das muitas dificuldades que diariamente enfrentamos na execução de nossa profissão.
Enquanto assistíamos ao filme fazíamos também a nossa confraternização saboreando os deliciosos quitutes que cada uma trouxe. Foi uma "aula" muito divertida e prazerosa.

E para fechar o encontro com chave de ouro, no momento em que eu ia propor que fosse feita a avaliação dessa primeira etapa do Gestar II, Cláudia Oliveira surpreendeu-nos com uma brilhante produção literária de sua autoria em forma de versos, que traduzia a nossa trajetória nesses primeiros meses do nosso curso e que também falava sobre o significado do programa para nossa realidade educacional. Fui simplesmente maravilhosa a obra de Cláudia, a qual farei questão de levar ao encontro de formadores em Arraial do Cabo para compartilhá-la com as demais formadoras do Gestar II de Língua Portuguesa e, somente depois dessa apresentação, irei publicá-la neste ambiente virtual.
Esse trabalho tem sido árduo, mas quando nos deparamos com resultados maravilhosos como esses, somos tomados por uma alegria tão grande que toda dificuldade enfrentada parece ínfima diante deles.

Tem sido gratificante demais para mim trabalhar com esse grupo!!!

4 de agosto de 2009

Trabalho em grupo – oficina 8 – TP4

Componentes deste grupo:

· Márcio Ovídio

· Cláudia Simone
· Inaura

A partir da apresentação de um anúncio publicitário de uma fundação norte-americana que trabalha com crianças de advindas de bairros de periferia, os professores deveriam criar sugestões de atividades para trabalhar com seus alunos a partir do gênero propaganda. Em seguida a segunda tarefa seria a produção de uma carta a partir do tema profissão.

E estas foram as atividades propostas por esse grupo de cursistas:

I . Para trabalhar com o gênero propaganda:

1. Iniciar a aula levando para os alunos alguns modelos de propaganda;

2. Pedir aos alunos que observem os textos e as imagens apresentados;

3. Pedir aos alunos que comentem o que entenderam das propagandas;

4. Dividir a turma em pequenos grupos e pedir que interpretem o anúncio da fundação estadunidense com as imagens das crianças;

5. Dar a cada grupo uma cartolina para que nela criem uma propaganda para esta fundação. (isto depois de terem sido orientados sobre o tipo de linguagem que deverão usar, ou seja, deverão convencer ou persuadir o leitor);

6. Concluídos os cartazes, pedir para apresentarem seus trabalhos a toda classe.

II. Para trabalhar com o gênero carta:

1. O tema dessa aula será “a profissão dos seus sonhos”, por essa razão a aula será iniciada pela solicitação aos alunos para anotarem o nome da profissão que desejam exercer quando se tornarem adultos;

2. Orientar os alunos para escreverem uma carta a um profissional do município, cuja profissão seja considerada pelo aluno (ou grupo de alunos) como interessante, a fim de saber mais detalhes desta profissão;

3. Orientar os alunos para que façam perguntas que os levem a conhecer mais profundamente essa profissão, tais como:

a) O que precisa ser feito para se tornar um profissional desta área;

b) O que faz durante seu dia de trabalho;

c) Como se preparar para exercer esta profissão;

d) Qual é o piso salarial dos profissionais desta área;

e) O que levou este profissional a optar por esta carreira;

f) Pedir um conselho ou orientação que os ajude a seguir esta profissão.

4. Enviar a carta pelo correio para este profissional;

5. Convidar esta pessoa (ou um destes profissionais) para virem na escola fazer uma palestra para os alunos respondendo pessoalmente às perguntas feitas na carta a respeito dessa profissão.